quinta-feira, junho 01, 2006

Tubaral esteve pujante!


Sim, a festa do Tubaral esteve pujante… não pelo grupo musical, que era igual a tantos outros grupos de festas de aldeia; não pelos petiscos, que estavam bons, como nas outras festas… não, a pujança sentiu-se logo à chegada com a dificuldade em estacionar, com todos os cantos ocupados.

Depois, o recinto. É certo que a exiguidade do espaço ajuda a compor a moldura humana…mas estava realmente muita gente presente…. A gente de Tubaral, a gente da freguesia… e outras gentes. Gente de todas as idades, muitos jovens, jovens que trocaram uma eventual noite de discoteca pela festa de Tubaral . Está in e durou até tarde!!

Desde que as festas voltaram ao Tubaral que tem sido assim… de início timidamente, objecto de alguma troça (ah e tal, a festa do Tubaral…), o que é certo é que esta terra, no cocuruto da freguesia conseguiu fazer da festa uma manifestação da sua coesão, uma ocasião em que todos se juntam e chamam, com sucesso, pessoas de fora. Não é assim tão comum, hoje em dia, em que esta parece mais uma moda em vias de extinção, a festa de aldeia.

Mas, de facto, em Alvega não é assim. Também as festas de Casa Branca (com Areias e Lampreia) têm estado de boa saúde e têm reunido todos.

Resta-nos a excepção: O que se passa com as festas de Monte-Galego?

Há uns… 15 anos, as festas de Monte-Galego eram no Vale Vaqueiro, organizadas por uma qualquer comissão de melhoramentos. Lembro-me especialmente duma em que a atracção foi a Maria Armanda com o seu “hit” nacional Eu vi um sapo ♬…. com um guardanapo♪…. Muita gente presente, muita animação.

Depois, não sei ao certo o que se passou. As festas passaram para o local onde são agora, local conhecido como o recinto do rancho. Deixei de as ouvir chamar por festas do Monte-Galego e passei a ouvir dizer “as festas do rancho do Monte-Galego”.

As festas nunca mais foram as mesmas. Ao contrário de Tubaral e de Casa Branca (Areias e Lampreia), as festas de Monte-Galego (e Ventoso) gritam divisão, com grande parte da população da terra divorciada deste “projecto”. Há muitos lugares para estacionar nos dias de festa.

Há anos, houve uma tentativa de mudar o rumo das coisas e abrir o “projecto” existente, hermético, à população em geral. Mas logo as forças de bloqueio se manifestaram e fizeram questão de mostrar aos novos membros, ELEITOS, que eram intrusos e que não seriam eles a definir as regras. Não eram bem-vindos.
E assim o projecto continuou hermético, a casa continuou a ser a casa do rancho e a festa continua a ser, orgulhosamente só, a festa do rancho.

Não uma festa como a de Tubaral ou a de Casa Branca, em que se mostra toda uma população coesa a lutar por um objectivo comum, mas uma festa em que se exibem essencialmente ausências.