
Vista do Tejo com a ponte Alvega-Mouriscas em primeiro plano e a Central Termoeléctrica do Pego ao fundo
Considerado um “rio universal”, o Tejo tem ao longo dos seus 1200 Kms “muitos elementos históricos e geológicos, para além da diversidade de ecossistemas, que justificam a sua candidatura”, defendeu o historiador António Maia Nabais no II Congresso do Tejo, realizado nos passados dias 24 a 26 de Outubro na gare marítima Rocha Conde de Óbidos, em Lisboa.
E é por isso que se estuda a sua candidatura a Património da Humanidade.
“A qualidade do património que temos ao longo do Tejo e a ele associado está em fase de estudo para se formalizar a candidatura”.
Outro dos aspectos a ter em conta é a gastronomia, “com os diferentes sabores que se encontram por essas terras que acompanham o rio e que por ele se deixam influenciar”.
O Tejo nasce em Espanha, na serra de Albarracin, o que leva a que este seja um projecto partilhado com Espanha e de carácter internacional.
Esta candidatura poderá vir a ser muito importante na valorização do rio e repercute-se, desde já, “nas iniciativas para resolver alguns dos problemas que afectam o Tejo e contribuem para a sua degradação– industrias sem estações de tratamento de águas residuais que despejam resíduos para o rio, fertilizantes utilizados na agricultura e outros poluentes, desflorestação e urbanização."
Para Carlos Salgado, presidente da Associação dos Amigos do Tejo, está a assistir-se a "uma delapidação abusiva dos recursos naturais do rio Tejo. Na origem dos problemas do estuário estão a poluição de origem industrial, a utilização abusiva de pesticidas e o despejo de efluentes domésticos não tratados".

Alagoas, um ecossistema onde se cruzam terra e rio, em Alvega
Fonte: Jornais Público e Diário de Notícias
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