sexta-feira, novembro 13, 2009

Barragens e torres de alta tensão...MONOS para o futuro

A microgeração e a autosuficiência energética dos edifícios estão entre os objectivos das sociedades contemporâneas.

Da nossa, só mesmo em teoria...

Se a tendência actual é para avançar para a microgeração através de painéis fotovoltaicos e aerogeradores, com vista à auto-suficiência energética dos edifícios, porquê continuar a insistir na construção de grandes infraestruturas de produção em massa e transporte de energia eléctrica?

Monos que carregam os nossos impostos, que nos vão prejudicar directamente e que servirão num futuro mais ou menos próximo para pendurar heras e luzinhas de natal, ou então, com uma grande parede de vidro, para podermos ver grandes espécies aquáticas em extinção (e assim entrarmos mais uma vez para o guiness, agora com o maior aquário do mundo e arredores)?

Barragens, linhas de muito alta tensão que destroem ecossistemas, castigam comunidades, populações, que submergem para sempre lugares, tradições, memórias, em nome de quê? Dum sistema energético que caminha a passos largos para a obsolência, que está em profunda e acelerada mutação e progresso, no sentido exactamente oposto?!

Erguer MONOS para o futuro e ferir irreversivelmente as comunidades onde estas intervenções vão, supostamente, ser implantadas. Dar mais uns bons pontos à desertificação.

Pare, escute e olhe



O filme de Jorge Pelicano, constitui uma reflexão sobre o despovoamento e a desertificação provocados pelo encerramento progressivo da linha ferroviária do Tua, que poderá culminar na construção de uma nova barragem naquela zona.

Perto de Abrantes, em Almourol, há planos para fazer uma nova barragem no Tejo. Poucos quilómetros acima existe uma outra barragem, a de Belver.
A construção desta nova barragem implica, por exemplo, que seja submerso todo um conjunto de infraestruturas de recreio e lazer que foi há pouco tempo construído com dinheiros públicos (espaço Aquapolis e Açude) – é o que se chama ir tudo por água abaixo.

Em Leiria, depois da luta duma população da zona de Batalha que sofre com a proximidade duma central eléctrica, surge agora a resistência à passagem de uma linha de muito alta tensão em freguesias dos arredores da cidade.

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